segunda-feira, 18 de março de 2013

Faz hoje 17 ANOS...

 Hoje estou cansada. Passei mal todo o dia com dores nos rins! Andei nas compras de manhã e de tarde a carregar com sacos pesados com metros e metros de tecidos o que também não ajudou. Sentei-me agora no sofá e não vai haver sessão de embalamento… 

No dia do meu Baptismo...

Faz hoje 17 anos que perdi o meu padrinho! Era um homem novo e deixou na altura uma filha com 10 anos e um filho com 1 ano e 3 meses! Sabem aquelas pessoas maravilhosas, que não têm nada que se lhes aponte? Era o meu orgulho… primo direito e meu padrinho! Era daquelas pessoas que fazia todos à sua volta sentirem-se bem! Adorava reunir a família e ter a casa cheia de gente! Tinha-o feito também no domingo, horas antes de vir a falecer. A minha irmã mais velha tinha lá estado assim como os meus primos e tios… Vieram embora e deixaram para trás uma família feliz! Passava pouco da meia-noite quando recebemos a notícia… Já era segunda-feira, dia 18 de Março! Tinha-se sentido mal e com uma dor no braço… resolveu fazer ginástica para ver se passava e em instantes perdeu a vida. Quando o INEM chegou já estava morto… O funeral foi a 19 de Março de 1996, no Dia do Pai!

Confesso que de todas as pessoas que já perdi, esta foi a notícia mais violenta, a morte mais chocante e difícil de aceitar… Sempre sonhei que seria ele a levar-me ao altar quando casasse e não havia ninguém (o meu pai também já tinha falecido há 3 anos) que eu considerasse à altura, por isso naquele dia (do casamento) resolvi entrar sozinha na igreja, apenas com o meu sobrinho, menino das alianças!

A minha prima nunca mais recuperou. Teve depressões atrás de depressões e deixou de trabalhar. Era professora primária… nunca mais lecionou! Vimo-la passar de uma jovem mulher a uma pessoa pesada, acabada, triste e sem vontade de viver. Se os natais já eram tristes desde a morte do meu pai (que faleceu a 15 de Dezembro de 1993, depois de ter estado 13 anos acamado), passaram a ser em dobro desde esta data… A minha família nunca mais foi a mesma!

No Domingo de Ramos sou capaz de adiar a entrega do ramo à minha Madrinha (irmã do meu Padrinho) mas sou incapaz de não ir ao cemitério por lá o meu ramo…

Por isso faz já muitos anos que não celebro o dia do Pai (do meu Pai) e que as memórias deste dia, 19 de Março, me reportam sempre a um funeral doloroso e inesquecível pelo dramatismo e pela dor sentida por todos nós…

Boa noite e até amanhã…

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